A ilha do Combu faz parte do Distrito Administrativo do Outeiro (DAOUT) e está a uma distância de 1,5 km ao sul da cidade de Belém. Suas características estão inseridas dentro do panorama paisagístico-ambiental e humano amazônico, onde tempo e espaço se diferenciam dos lugares providos de equipamentos urbanos de alto impacto, como automóvel, construções de alvenaria, rede de comércio, indústria e serviços, e sendo o homem do lugar depositário das relações dos saberes da fauna, flora e da cultura para a manutenção e reprodução das condições gregárias da comunidade. Está situada à margem esquerda do rio Guamá, tendo à sua frente (do outro lado do rio) o Campus da Universidade Federal do Pará (UFPA). Sua população pode ser denominada como parte integrante da chamada comunidade ribeirinha. A ilha compreende uma área calculada por triangulação e integração gráfica de aproximadamente 15 quilômetros quadrados. O ecossistema sofre influência direta das marés dos rios. Durante o período de dezembro a abril, há constantes inundações, daí a caracterização do solo de várzea. A beleza e bucolismo da ilha do Combu acabam atraindo tanto os turistas como a classe acadêmica. O interesse pela ilha chegou até aos poderes públicos através de várias iniciativas municipais e estaduais, como a transformação da ilha em Área de Proteção Ambiental (APA), através da lei nº 6083, de 13 de novembro de 1997. A lei diz que, em respeito ao manejo, implantação e funcionamento, podem ser utilizados instrumentos legais para incentivos financeiros governamentais a fim de proteger o uso racional dos recursos naturais, impedir atividades causadoras de sensível degradação da qualidade de vida ambiental, principalmente derrubada de açaizeiro, para comércio do palmito.