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Bibliotecários incentivam a prática da leitura

“A leitura é a base de tudo.  A criança que tem prazer em praticar a leitura desde cedo, não terá dificuldade em assimilar os conteúdos desenvolvidos em sala de aula. É extremamente gratificante para mim, tanto como profissional como pessoa, saber que os alunos me têm como ponto de referência, como alguém que mostra o melhor caminho para eles encontrarem as informações que buscam’’. É assim que a bibliotecária Priscila Melo, formada há 8 anos, encara o desafio da profissão, cujo dia é comemorado nesta quinta-feira, 12.

Priscila trabalha há seis anos na biblioteca da escola Liceu de Arte e Ofício Mestre Raimundo Cardoso, no distrito de Icoaraci, e, para ela, trabalhar em uma biblioteca escolar foi a melhor experiência profissional que poderia ter acontecido. Foi no dia a dia da escola que a jovem bibliotecária compreendeu melhor a importância da carreira que escolheu.

“Eu amo o trabalho que desenvolvo com as crianças aqui, e poder ver que elas também valorizam e reconhecem o que eu faço não tem preço. Eu sei que todos os dias, na hora do intervalo, elas vão passar por aqui para entregar um livro, ler outro ou até mesmo apenas conversar”, emociona-se.

Quem também sente orgulho e aprende a cada dia novas lições com a profissão abraçada é a bibliotecária Gorete Figueiredo, que trabalha na biblioteca pública Avertano Rocha, localizada na orla de Icoaraci. O local, conhecido pelos moradores do distrito como “casarão do saber’’, conta com uma equipe de oito bibliotecários, sempre prontos a auxiliar aqueles que vão em busca do saber. O acervo da biblioteca reúne mais de 20 mil livros, além de brinquedoteca, sala de vídeo e gibiteca. “Trabalho nessa biblioteca há quase 20 anos. Aqui, nós somos um pouco professores, amigos e conselheiros, o que, acredito, seja a parte mais bonita da nossa profissão’’, resume.

Pioneirismo – A cidade Belém aparece como uma exceção nacional no que diz respeito à existência de bibliotecas nas escolas. A Lei N° 12.224, estabelece que cada escola tenha a sua própria biblioteca. O prazo para o cumprimento da Lei é até o ano de 2020.

Belém cumpriu a Lei muito antes do seu prazo final. Todas as escolas do município de Belém já possuem bibliotecas, mesmo aquelas que estão funcionando em prédios alugados por conta de reformas.

Bibliotecárias acompanham a história da regularização fundiária em Belém

Glória Figueira trabalha na biblioteca da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem) há 35 anos e considera um privilégio ter contato com o material que a Companhia possui, já que é um acervo especializado. “Temos aqui a história de evolução urbana da cidade e pesquisadores do Brasil e do mundo vem em busca desse conhecimento”, empolga-se Glória.

É com saudosismo que ela lembra das fases que passou ali juntamente com outros colegas, ao folhear registros fotográficos antigos – o local foi inaugurado em 1975 como Centro de Documentação e Informação (CEDI) – e faz um balanço do que viveu. “Olhando o passado você começa a perceber que valeu a pena. No momento em que você está trabalhando com a obra, tratando a obra, disseminando a informação, você absorve conhecimento. É um trabalho no qual você doa e recebe, uma profissão que tem de ser valorizada, pois nos dá conhecimento, e só tende a nos acrescentar cada vez mais”, conclui.

Glória pretende se aposentar em breve, mas deixa seu legado para Lucilene Gonçalves, universitária de Biblioteconomia que trabalha na Codem há apenas dois anos. Para a jovem, o mais interessante no trabalho que desempenha hoje é poder lidar com obras raras que só a Codem possui: o acervo fundiário que conta com aproximadamente 800 livros de registros de terra, que mostram a história da regularização fundiária da região metropolitana de Belém. “Esses registros nos ajudam a entender como a cidade se formou. É um conhecimento que me fascina”, finaliza Lucilene.

Com colaboração de Karol Amaral – Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem)

Texto: Milene Amaral
Foto: Oswaldo Forte / Uchôa Silva/Comus
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)

Bibliotecários incentivam a prática da leitura