Cotijuba

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A Ilha de Cotijuba, assim como a de Caratateua, está situada no extremo Oeste do Município.

Possui belas praias em sua face oeste, de frente para a baía do Marajó.

Apresenta 18km de trilhas e ruas, assim como de zona urbana e zona do ambiente natural, onde existem lagos naturais em ecossistema de várzea a ser preservado e utilizado no imenso potencial turístico que a ilha possui, atrelado às suas dez praias e diversas pousadas.

Esta ilha apresenta fatos pertencentes à história da cidade de Belém. Durante a fase da colonização da cidade, Belém possuía alguns engenhos  distribuídos no ambiente natural ao redor do sítio histórico da cidade, existindo, no século XVII, um engenho de branqueamento de arroz na ilha. No início do século XX, houve em Cotijuba uma escola para reeducação de menores infratores, mais tarde transformada em presídio. Trata-se, portanto, de ambiente rico em edificações históricas, sendo necessário planejar atividades relacionadas à preservação e utilização de unidades do patrimônio histórico existentes em Cotijuba, como a residência do Governador Zacarias de assumpção, o Educandário Nogueira de Farias e as ruínas do engenho de branqueamento de arroz.

No passado, Cotijuba destacou-se como um importante centro abastecedor de hortifrutigranjeiros, tendo este quadro se modificado com a alteração do perfil do varejo na cidade e pela dificuldade de colocação de produtos no mercado.

 Possui terrenos com topografia plana, que são encontrados na Zona Urbana, sem influência de alagamentos. Na Zona do Ambiente Natural, de característica alagadiça, que permanecem perenes durante todo o ano. ocupam área de 121,68 ha.

A ilha carece de equipamentos comunitários, embora existam um posto de saúde e escolas, igrejas, trapiche e outros. Recentemente, foi implantada a distribuição de energia elétrica, sendo ainda incipiente o abastecimento de água e o saneamento.

 Existem plantios diversos na ilha, com destaque para o plantio da seringueira em aproximadamente 973 ha, sendo que 493 ha das propriedades constituídas apresentam documentos de titularidade; em cerca de 480 ha esta documentação inexiste.

Embora não seja o principal causador do problema da balneabilidade, a questão relacionada ao sanemaneto é importante.

O censo do IBGE (2000) identificou que, para as ilhas de Cotijuba e Caratateua, apenas 18 domicílios estavam ligados à rede de esgoto (0,28%), 3.553 apresentavam fossa séptica (56,06), 1.499 apresentavam fossa rudimentar (23,65), 176 possíam valas (2,78), 80 utilizavam o rio ou igarapé para o destino final dos dejetos (1,26%) e 135 utilizavam outras formas (2,13%). O serviço Autônomo de Águas e esgostos do Município de Belém - SAAEB - informa, através do Relatório ambiental (Belém, 2004), a melhora no atendimento de esgoto sanitário, para 15.655 pessoas, e no fornecimento de água, para 15.600 pessoas. É interessante ressaltar que a pesquisa do censo (IBGE, 2000) informa que 877 domicílios não apresentavam banheiros e sanitários. Todas estas informações são referentes à zona urbana destas ilhas, não existindo, portanto, atendimento sanitário no ambiente natural.

A ilha de Cotijuba possui plano diretor praticamente pronto, que necessita, entretanto, de debate na Câmara Municipal de Belém e em audiências públicas, para a sua aprovação.