Buriti

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Nome científico: Mauritia flexuosa L.

Fruto ovalado de 4-7 cm de comprimento, por 3-6 cm de diâmetro, recobertos por escamas de cor vinho-avermelhada. A polpa é amarelo-alaranjada e apresenta aspecto oleoso. Uma única planta pode conter até sete cachos de frutos, com média anual de produção de 5.000 frutos. Cada fruto contém entre uma e duas sementes.

A semente é grande, oval, muito dura e envolta por uma cobertura esponjosa. Contém uma amêndoa comestível no seu interior.

A floração dura quase o ano inteiro, porém floresce com maior intensidade nos meses de dezembro a abril. A maturação dos frutos verifica-se principalmente nos meses de dezembro a julho.

Uso/Árvore: Considerada uma das mais belas palmeiras brasileiras, ideal para o paisagismo de grandes espaços e terrenos úmidos ou brejosos.

Uso/Madeira: Relativamente pesada e dura, de baixa durabilidade. Utilizada para a construção de trapiches em beira de rios.

Uso/Outras utilidades: O Buriti produz anualmente grande quantidade de frutos, que podem ser consumidos ao natural, na forma de sucos, sorvetes, geleias, doces ou desidratados. Os talos e a palha de suas folhas são muito utilizados na cobertura de casas e ranchos, bem como no artesanato regional, para a confecção de cestos e móveis. Suas folhas são usadas para produção de esteiras, peneiras, móbiles. Os talos da folhas são usados para produção de esculturas e suas fibras para tecer redes de dormir. Os cocos escamosos são usados para ornamentação de arranjos florais. O uso medicinal está associado ao óleo extraído da polpa dos frutos, com propriedades energéticas, vermífugas e laxantes. O óleo também é utilizado contra queimaduras na pele, provocando alívio imediato e auxiliando na cicatrização, e como eficiente filtro solar. Tem sido empregado recentemente pela indústria cosmética entrando na composição de sabonetes, cremes e xampus. Antes de desabrocharem as flores, pode-se extrair da inflorescência um líquido adocicado que, fermentado, transforma-se no "vinho de buriti". A medula do tronco fornece uma fécula semelhante ao sagu, presente na culinária local.

Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no chão após a queda. Não há a necessidade de despolpá-los para semeadura.

Produção de mudas: Colocar os frutos para germinação em canteiros sombreados com substrato arenoso rico em material orgânico. Melhor irrigar duas vezes ao dia. A germinação é moderada e pode demorar de três a cinco meses. O desenvolvimento das mudas, bem como da planta, é lento.

Espécie de porte elegante, seu caule pode alcançar até 35 m de altura. Folhas grandes formam uma copa arredondada. Flores de coloração amarelada surgem de dezembro a abril. Seus frutos em forma de elipsoide, castanho-avermelhado, possuem uma superfície revestida por escamas brilhantes. A polpa amarela cobre uma semente oval dura e amêndoa comestível. Frutifica de dezembro a julho.

O buriti vive isoladamente ou em comunidades, que exigem abundante suprimento de água no solo. Por esta razão, terrenos de várzea e brejos, de solo fofo e úmido, onde se destacam, são indício seguro de que por ali existe um curso d'água. Por onde passam, são as águas que carregam e espalham as sementes da palmeira buriti.

O buriti possui várias utilidades, dentre elas a produção de uma bebida conhecida por "vinho de buriti". Da polpa de seus frutos é extraído um óleo comestível que possui altos teores de vitamina A. Esse mesmo óleo também é utilizado contra queimaduras, por possuir um efeito aliviador e cicatrizante. Além disso, a polpa é muito utilizada para a produção de sorvetes, cremes, geleias, licores e vitaminas de sabores exóticos e alta concentração de vitamina C.

Referência bibliográfica: LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. Vol. 1. Editora Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 1992, p.281. | Palmeiras no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa (SP): Plantarum, 1996, p.184. | Plantas e Ervas Medicinais e Fitoterápicos-PLANTAMED.

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