Políticas Públicas: [APRESENTAÇÃO] | [INCLUSÃO SOCIAL] | [INFRA-ESTRUTURA] | [GESTÃO]

Mensagem a Camara Municipal
Inclusão Social
1.1. EDUCAÇÃO

A municipalização da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, estabelecida na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, é um desafio do Governo Municipal para atendimento da demanda no Município de Belém, que ainda não assumiu efetivamente a responsabilidade pela gestão plena da Educação nesses setores. Para tanto, requer a ampliação do acesso do aluno à escola, através do aumento da oferta de vagas para as crianças e adolescentes; assim como a construção de novas escolas e creches, além da estruturação das já existentes. Conseqüentemente, implicará na captação de novos recursos e ampliação do orçamento para a área de Educação, através de parcerias com os Governos do Estado e Federal. Também é imprescindível o fortalecimento do Sistema Municipal de Gestão da Educação, com a implementação do Plano de Educação do Município, conforme determina a LDB.

Segundo dados do INEP/MEC, a ampliação do acesso à educação básica não tem garantido a permanência com sucesso de crianças e jovens na escola. Por isso, se faz necessário o redimensionamento com políticas de inclusão para garantir efetivamente a “permanência com sucesso” dessas crianças e adolescentes na escola, através de ações efetivas, visando um avanço significativo na qualidade do ensino e valorização dos profissionais da área, o fortalecimento de valores como solidariedade, respeito mútuo, coletivismo e tolerância, como forma de integração aos bens sociais e culturais, como a educação plena, entre outros.

O processo de ampliação de Educação inclusiva, proposto pela Carta Internacional de Direitos Humanos, pela Declaração Mundial de Educação para Todos (1990), pela LDB (nº. 9.394/96) e pelo Plano Nacional de Educação (2001), visa atingir segmentos socialmente vulneráveis, tais como pessoas de baixa renda, negros, índios, homossexuais e portadores de necessidades especiais, assim como investir na formação de educadores e de projetos pedagógicos voltados para o incentivo de uma cultura cidadã.

A Educação do cidadão é um eixo de preocupação política deste governo e objetiva implementar um projeto pedagógico com metodologia de ensino e avaliação adequada que possibilite preparar cidadãos capazes de desenvolver habilidades necessárias à competitividade da sociedade globalizada e exigente, onde padrão de qualidade, nível de informação e capacidade técnica são diferenciais que garantem sucesso no mundo do trabalho e possibilitam uma melhor qualidade de vida. Nesse sentido, o projeto visa possibilitar aos professores (as), crianças, adolescentes e adultos o acesso aos avanços científicos e tecnológicos, à cultura e lazer, ao esporte, à arte, como estratégia de resgate da identidade cultural e da auto-estima.

No contexto regional, em que Belém é a Metrópole da Amazônia, cresce de importância a Educação Ambiental nas escolas, tendo como desmembramentos ações de revitalização do Projeto Escola Bosque; a implantação de Educação Ambiental de forma ordenada no conteúdo programático das disciplinas; a regionalização do conteúdo programático do ensino; a implantação de um programa de Educação Ambiental nas escolas com produção de material didático, coleta seletiva de lixo e plantio de hortas escolares e espécies florestais e frutíferas, como práticas educativas e estratégicas para desenvolver a consciência e a sensibilidade ecológica nos educandos, com o objetivo de formar cidadãos comprometidos com a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentado.

Desta forma, a Política Educacional a ser implantada nesta Gestão, concebe a Educação como direito social tendo como meta principal a criação de mecanismos visando a formação de uma cidadania ativa em que todos participem da luta pelos seus direitos, integrando sociedade civil e Estado no esforço de construção de uma sociedade economicamente mais justa, socialmente democrática e culturalmente plural.


1.2. SAÚDE

O conceito de saúde está cada vez mais consolidado como o estado de completo bem-estar físico, mental e social, extrapolando a simples idéia de ausência de doenças, conforme definição da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Relatório Mundial de Saúde (The World Health Report, 2003) recomendou às autoridades o fortalecimento do sistema de saúde, centralizando seu foco na atenção primária, além de integrar a prevenção das doenças e a promoção da saúde em todos os níveis de atendimento.

As transformações demográficas, sociais e econômicas pelas quais passa a sociedade brasileira afetam as condições de vida e saúde da população, ao mesmo tempo em que geram novas demandas para o sistema de saúde do País, pressionando-o no sentido de adaptar-se ao novo perfil de necessidades.

Sabe-se que no Brasil, além da precariedade dos serviços públicos de saúde, o difícil acesso à habitação, à alimentação, à renda, à educação e ao lazer impede a efetivação do direito fundamental à saúde. Diante desse quadro, melhorar a gestão e a qualidade da saúde, transformando-a em mecanismo potencializador no processo de inclusão social, constitui um dos grandes desafios dos gestores públicos.

Em Belém, o sistema de saúde pública municipal convive hoje com enfermidades que vão desde as típicas patologias do mundo contemporâneo e outras reveladoras da existência de uma população sem saneamento e assistência médica e social.

Atualmente, os dois Prontos-Socorros e as Unidades Básicas de Saúde da Prefeitura Municipal não conseguem atender a crescente demanda da população e daquela proveniente do interior do Estado em busca de atendimento em suas diversas modalidades.

Nesse sentido, nos últimos anos, a desarticulação entre as redes estadual e municipal de saúde se reflete diretamente em um ineficiente atendimento de emergência, na carência de leitos e de acesso à atenção básica de saúde. À falta de articulação entre as unidades prestadoras desses serviços se agrega a ausência de infra-estrutura mínima para prestar um atendimento de saúde humanizado.

Objetivando avanços concretos no Sistema Municipal de Saúde, a nova administração de Belém pautará o modelo de gestão do setor a partir da garantia de princípios como a universalidade, integralidade, eqüidade, tendo por desafio atingir a maioria da população com os avanços médicos e tecnológicos, investindo fundamentalmente nos serviços voltados à prevenção de doenças e manutenção da saúde.

Mais do que administrar as limitações financeiras, a nova Gestão criará novos enfoques e estratégias face à necessidade de mudanças e avanços no âmbito da prestação dos serviços de saúde de Belém. Assim, estabelecerá uma articulação com a rede pública estadual de saúde para viabilizar um sistema integrado e contínuo de ações para solucionar os problemas de saúde pública do Município em várias frentes.

Na ampliação e garantia do acesso à Saúde, a nova administração colocará progressivamente as Unidades Básicas de Saúde em funcionamento durante 24 horas, inclusive nos finais de semana, proporcionando atendimento de Urgência e Emergência de média e baixa complexidade; expandirá a cobertura do Programa Saúde da Família, assim como implantará serviço de Atendimento Médico na Região das Ilhas.

Com a intenção de tornar os procedimentos e ações de saúde mais humanizados, consideramos a necessidade da implantação de programas que assegurem a qualidade do atendimento às mulheres, crianças, idosos e portadores de transtornos mentais, objetivo a ser alcançado através da reestruturação das Unidades Básicas de Saúde e Hospitais de prontos-socorros, da qualificação dos profissionais de saúde, da ampliação e implementação de laboratórios de análise clínicas, e pela instituição de cesta de medicamentos para casos específicos, direcionado à população de baixa renda.


1.3. ASSISTÊNCIA SOCIAL

Nesses últimos anos, o número de pessoas inseridas nos segmentos sociais que se encontram em situação de risco social e/ou pessoal, na cidade de Belém, tem aumentado consideravelmente.

Em parte, tal situação pode ser entendida como conseqüência da inabilidade das gestões anteriores em implementar políticas eficazes de desenvolvimento, capazes de proporcionar efetivas oportunidades de geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida.

Esse fato vem exigindo, urgentemente, a execução de políticas públicas que possam garantir, aos segmentos marginalizados, não só a solução do problema da geração de emprego e renda como também permitir o acesso aos demais direitos constitucionais fundamentais, necessários à plena realização da cidadania.

Para tanto, a atual Gestão, orientando-se pela lógica da integração e da parceria como estratégias necessárias para minimizar os problemas sociais que hoje atingem a realidade belenense, entende que o resgate da cidadania só será possível mediante a realização articulada e integralizadora das políticas setoriais de saúde, assistência social, educação e cultura, objetivando abranger aqueles aspectos constitutivos da realidade social cuja realização torna-se imprescindível para fazer de Belém uma cidade mais humana.

Nesse caso, longe de entender as políticas de assistência social como mera execução de ações filantrópicas que, ao fundamentar-se no incentivo ao “doar”, acabam por fomentar relações de dependência e, portanto, desigualdade de status entre doador e donatário (Goudelier: 2001, p. 23), a atual gestão pretende resgatar os princípios democráticos da Política Nacional de Assistência Social, quais sejam: da universalização dos direitos sociais; do respeito à dignidade do cidadão; da igualdade de direitos no acesso ao atendimento dos serviços; da promoção da eqüidade.

Tal resgate ocorrerá garantindo à pessoa idosa o cumprimento de seus direitos sociais; proporcionando condições dignas de trabalho através da fomentação e/ou incentivo às organizações associativistas que possibilitem a geração de renda; formando parcerias com as organizações não governamentais e outros grupos voluntários, ampliando o atendimento à população; criando condições de inclusão social para os portadores de necessidades especiais, e promovendo a valorização da infância, inclusive, através da diminuição das condições de vulnerabilidade infantil, entre outras realizações possíveis.

Em função disso, novas ações começaram a ser realizadas desde o início deste Governo, objetivando o atendimento sistêmico e dinâmico às crianças, adolescentes, idosos, mulheres, portadores de necessidades especiais e demais segmentos da sociedade que se encontravam em situações circunstanciais ou conjunturais de risco social e/ou pessoal.

Essas ações vêm sendo realizadas paralelamente à avaliação dos resultados dos programas e projetos já existentes, os quais poderão ter a sua continuidade assegurada, ou ser ampliados e aperfeiçoados em parceria contínua com as organizações comunitárias, entendidas, aqui, como agentes ativos nesse processo de articulação das políticas e programas de governo entre os diversos setores. Em consonância com essa atitude, visando fortalecer essas entidades como canal de representatividade popular, buscar-se-á aperfeiçoá-las através da capacitação de suas lideranças para que, desse modo, estas venham a assumir uma atitude mais propositiva.


1.4. CULTURA

Belém tem sua população formada por uma pluralidade étnica, onde convivem diferentes grupos sociais, que se manifestam culturalmente de maneira particular e coletivamente, seja no campo das tradições ou na acepção de novos valores culturais. Desse modo, nossa política é de estímulo à cultura desses grupos, tendo os bairros como ponto de partida para identificar, fomentar, valorizar, divulgar e multiplicar as manifestações culturais de seus moradores, levando os cidadãos a valorizar a produção de bens culturais locais.

Nosso programa está fundamentado na descentralização e no fomento à cultura, com base nas parcerias envolvendo todos os atores sociais. Assim, chamaremos artistas, intelectuais, incentivadores e promotores culturais, além dos trabalhadores da área, para unidos criarmos os instrumentos fundamentais para que Belém seja um modelo de propagação de suas diversas manifestações nos campos da literatura, música, artes cênicas, artes plásticas e outras formas de manifestação de nossa cultura.

Isso passa também pela democratização do acesso dos produtores culturais aos espaços públicos da cidade, visando, assim, expandir o mercado de trabalho e a criação de novos grupos e o surgimento de novos talentos.

Também manteremos uma política de apoio às manifestações populares tradicionais, como o Carnaval, as festas juninas, o Círio de Nazaré e as tradições natalinas.


1.5. ESPORTE E LAZER

Um dos pilares da cidadania é o direito de todos à participação nas atividades de esporte e lazer, pois, é inestimável seu valor na formação física e intelectual do cidadão, não importando a sua faixa etária. A prática do esporte, principalmente pela juventude mais carente, garante uma estrutura moral e uma elevação de sua auto-estima, pois, possibilita a participação útil e efetiva na sociedade e garante um caminho alternativo às drogas e a marginalização.

Nosso Governo buscará a remoção das dificuldades que impedem o acesso do cidadão ao esporte e ao lazer, proporcionando novos espaços públicos nos bairros e mantendo os já existentes em condições de uso por todos, inclusive, os portadores de necessidades especiais.

Uma das diretrizes é a implementação de parcerias entre o Governo Municipal e a iniciativa privada nos projetos de esporte e lazer, com base na responsabilidade social das empresas para com o bem-estar da população de sua cidade. Desse modo, promoveremos conjuntamente o descobrimento de novos talentos em todos os campos do esporte, dando a essas práticas esportivas a devida importância como processo de reinserção social dos mais carentes.


1.6. SEGURANÇA PÚBLICA

Os problemas da segurança pública em Belém estão entre as principais preocupações da população, pois atingem a todos, sem distinção social. Mesmo sendo responsabilidade do Governo Estadual, o Município contribuirá efetivamente para melhorar as condições de segurança dos cidadãos através de parcerias na execução das políticas publicas do Estado nessa área.

Entre as propostas está o investimento em projetos sociais de forma ampliada, para diminuir o numero de crianças e adolescentes sujeito a risco social e pessoal, assim como a ampliação do efetivo da Guarda Municipal para manter vigilância constante nas escolas municipais, praças e outros espaços públicos, interagindo com as demais forças da segurança pública.

Além da incorporação de novo efetivo à Guarda Municipal, esta passará por um processo de reestruturação organizacional, incluindo-se ainda o treinamento de pessoal e a melhoria da infra-estrutura logística, objetivando assim devolver a essa corporação sua dignidade institucional e funcional que foi gradativamente abandonada ao longo dos últimos oito anos.

Será ainda implementado um projeto de iluminação pública para o Município a fim de melhorar as condições de visibilidades das vias, principalmente nos bairros periféricos, como forma de inibir a ação de marginais e garantir a todos os trabalhadores que possam voltar com segurança para seus lares.

Políticas Públicas:
[APRESENTAÇÃO] | [INCLUSÃO SOCIAL] | [INFRA-ESTRUTURA] | [GESTÃO]

Av. Governador José Malcher, n. 2110 - São Brás - Belém - Pará - CEP. 66060-230
Tel. (91) 3202-9900 FAX. (91) 3202-9903 - E-mail: segep_gabs@cinbesa.com.br